domingo, 19 de junho de 2011

Jane Austen na Biblioteca Pública de Minas Gerais


Tenho o prazer de convidar a todos os leitores e amigos para o Projeto Aula na Biblioteca, da Biblioteca Pública de Minas Gerais. Será no dia 21 de junho às 15:00, com direito a certificado de participação. Além disso, os interessados poderão visitar a exposição sobre a obra de Jane Austen no Setor de Coleções Especiais. Maiores informações e inscrições gratuitas para o evento:

Biblioteca Pública Luiz de Bessa
Coleções Especiais
Praça da Liberdade, 21 - 2o andar
Telefone: (31) 3269 1209

Fiquei muito feliz por esta parceria, a biblioteca foi meu refúgio durante os 3 anos que cursei o Ensino Médio no Colégio Estadual Central de Minas Gerais. Veja abaixo algumas fotos da Biblioteca Pública:


Setor de Coleções Especiais




Setor anexo (atual setor de empréstimos):


sábado, 21 de março de 2009

Lipstick Jungle - Selva de Batom


Baseada no best-seller de Candace Bushnell ("Sex and the City"), esta nova e sexy série dramática que está mais para comédia romântica, acompanha três amigas poderosas enquanto elas enfrentam os altos e baixo das vidas bem sucedidas delas.
Armadas com humor e força, estas três mulheres modernas de Nova York apóiam umas as outras nos triunfos e nas lágrimas que fazem parte do caminho do sucesso na Big Apple.


É exibido no Brasil na FOX as quintas 22 horas.

Personagens
Brooke Shields (Wendy Healy): É a executiva de um estúdio de cinema que faz tudo para balancear a carreira e a vida familiar.
Kim Raver (Nico Reilly): A editora chefe de um importante revista de moda, deseja se tornar uma executiva.
Lindsay Price (Victory Ford): Espera realizar os seus sonhos, e talvez encontrar o "cara certo" no meio do caminho.

Andrew McCarthy (Joe Bennett) - o ator é famoso aqui no Brasil pelos filmes dos anos 80 como A garota de rosa shock, Manequim, etc.

Paul Blackthorne (Shane Healy)
David Alan Basche (Mike Harness)
David Noroña (Salvador Rosa)
Julian Sands (Hector Matrick)
Robert Buckley (Kirby Atwood)

* O texto acima foi adaptado do artigo Lipstick Jungle (Wikipedia)


***

Comprei a primeira temporada da série no ano passado numa promoção relâmpago (leia-se erro do site submarino) por 24,90 reais. A série nem havia sido lançada aqui no Brasil em formato DVD e o preço do submarino certamente estava errado. Eu e mais alguns sortudos que viram minha dica na comunidade do orkut puderam comprar por este valor. Estou acompanhando a segunda temporada às quintas no canal Fox.




Infelizmente é inevitável a comparação com Sex and the City, já que é da mesma autora. Lipstick Jungle mostra as mulheres já numa fase de realização profissional (ou em vias de se realizarem profissionalmente) e duas das três já são casadas, enquanto nas temporadas de Sex and the City as personagens lutavam pela valorização profissional e um bom relacionamento amoroso.




Lipstick Jungle é uma série que apresenta um certo drama, mas se encaixa em comédia romântica também. Às vezes, eu acho um pouco paradinha, com exceção das cenas de amor (sem vulgaridade) entre os personagens! Pelo que li ontem aqui na internet, parece que a série fica só nas duas primeiras temporadas mesmo, não há previsão de uma terceira. Eu acho uma pena, pois é uma boa série para acompanhar, além de poder ver cenas de Nova York em todos os episódios (morei em NY por 6 meses quando fazia extensão universitária na CUNY), os desfiles de alta costura (não liga não... é que na minha adolescência eu fiz um curso de estilista no Senac). Outra boa surpresa da série é rever astros dos anos 80 como Brooke Shields (apesar do papel dela, na minha opinão, ser o mais chato) e Andrew McCarthy (uma espécie de Mr. Big - fazendo uma comparação com o personagem de Sex and the city). Um ator que eu descobri ao assistir esta série foi o Carlos Ponce, ator Carlos Ponce (cantor e ator de Porto Rico, por isso não tem sotaque latino na pronúncia do inglês), que por enquanto surgiu na série como Rodrigo, um italiano, responsável pelo projeto arquitetônico da loja de Victory Ford que é estilista.



***

Como eu gosto muito de Sex and the City, resolvi acompanhar Lipstick Jungle por causa da Candance Bushnell. Sex and the city, para mim é inesquecível! Tenho todos os dvds das seis temporadas e o filme que passou no cinemas, além do livro é claro! :)


Eu comecei a assistir ainda em NY em 2001 e por isso creio que há uma forte ligação emocinal com a série. Foi a primeira vez que viajei para o exterior, morei nesta linda cidade por 6 meses e conheci muitos lugares maravilhosos mostrados na série!


quarta-feira, 18 de março de 2009

Preserve a Natureza do Livro




Estive na UFMG na semana passada e passei na biblioteca central do campus. Encontrei este marcador de livros acima! Clique na imagem acima para ler as dicas!
Pensando nas dicas da UFMG, deixo aqui as
21 dicas para conservar seus livros e sua biblioteca do Alessandro Martins muito úteis para quem tem muitos livros em casa!


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Emily Dickinson

Emily Dickinson nasceu em 10 de dezembro de 1830 e faleceu em 15 de maio de 1886. De acordo com o site wikipedia, "Emily Dickinson, em toda sua vida, não publicou mais do que dez poemas, algumas vezes anonimamente, e teve sua numerosa obra reconhecida só após a morte. Sua vida discreta e misteriosa desafia até hoje os estudiosos de sua obra. Sua poesia possui uma liberdade sintática única, é densa e paradoxal como sua vida. Em sua enigmática literatura, criou um idioma poético próprio, desprezando as fórmulas ou a regularidade convencional" (Wikipedia, 2009).

Conheci os poemas de Dickinson ainda na Faculdade de Letras - UFMG, na disciplina de Literatura Norte-Americana do século XIX com a professora Gláucia R. Gonçalves. Apesar de ter sido uma curta convivência com os poemas de Dickinson pude me apaixonar por ela!


Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a obra de Dickinson, Augusto de Campos publicou um livro: DICKINSON, Emily (2008), Não Sou Ninguém, Campinas: Editora da Unicamp. Tradução, introdução e bibliografia: Augusto de Campos


A Rosagela Rigo publicou um artigo: Reflexão do poema "Eu Não sou Ninguém! Quem és tu?" interessante também!

A minha sugestão vai em inglês: Collected Poems of Emily Dickinson - Editora Gramercy Books. O livro em capa dura e uma capa protetora, traz uma introdução de George Gesner e ilustrações. Eu comprei este livro quando visitava a livraria SBS especializada em livros para ensino de idiomas aqui em Belo Horizonte, por R$ 16,20. A livraria SBS possui diversas lojas pelo Brazil, Argentina e Peru, e também faz vendas pelo site.




Detalhes das capas






Detalhe de uma das ilustrações



Fac-simile de Renunciation, impresso no primeiro volume de seus poemas.

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Alguns sites com traduções:

Obras
Poems by Emily Dickinson - Organização de Mabel Loomis Todd & T. W. Higginson. Boston: Robert Brothers, 1890.
The poems of Emily Dickinson, 3 volumes. Organização de Thomas H. Johnson. Cambridge: The Belknap Press, Harvard University Press, 1955.
The letters of Emily Dickinson, 3 volumes. Organização de Thomas H. Johnson & Theodora Ward. Cambridge: The Belknap Press, Harvard University, 1958.
The complete poems of Emily Dickinson. Organização de Thomas H. Johnson. Boston e Toronto: Little, Brown and Company, 1960.
The manuscript books of Emily Dickinson, 2 volumes. Organização de R. W. Franklin. Cambridge e Londres: The Belknap Press, Harvard University Press, 1981.
The masters letters of Emily Dickinson. Organização de R. W. Franklin. Amherst: Amherst College Press, 1986.
The poems of Emily Dickinson. Organização de R. W. Franklin. Cambridge e Londres: The Belknap Press, Harvard University Press, 1999.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Jane Eyre - Edição de Luxo



Este ano comecei a lecionar em uma nova escola: Colégio Padre Eustáquio - Padre Estáquio van Lieshout foi beatificado por Bento XVI em 2006. Ao visitar a biblioteca da escola encontrei esta preciosidade, provavelmente trazida por um dos fráteres da instituição.

Está é uma edição de luxo (1978), capa em couro vermelho, da Editora The Easton Press. A edição traz litografias de Barnett Freedman.









Detalhe ao lado, das contra-capas em tecido creme.















Páginas internas:


Primeira página: pintura de Charlotte Bronte feita por Robert Lee.


E segunda página: detalhes da obra.




Laterais do livro: Gravação dourada sobre a capa em couro vermelho, laterais das páginas são douradas.




















sábado, 17 de janeiro de 2009

Duas cantoras, duas biografias...

Gostaria de avisar que o post vai ser um pouquinho grande e que falarei de duas cantoras. Ao logo do texto você vai descobrir porque.


Maysa Monjardim



Bem, já faz um tempinho que eu gostaria de publicar algo sobre a mini-série que encerrou ontem sobre a cantora Maysa aqui neste blog. Depois que eu comecei a assistir a mini-série da globo, fiquei surpreendida por não conhecer quase nada dessa mulher! Eu só conhecia o refrãozinho: "meu mundo caiu". Com certeza minha mãe deve ter sido fã de Maysa, mas infelizmente não tenho como perguntá-las pois mamãe morreu muito jovem.


Eu gostei muito da escolha da atriz Larissa Maciel (que interpretou Maysa) e do ator (que iterpretou o André Matarazzo). O figuro estava impecável e maquiagem então.. adorei!!




Mini-série Maysa - Quando fala o coração


Gostei muito da maneira que foi abordada a história de Maysa e confesso que às vezes me emocionava com os atropelos e vitórias! Eu só acho que nestes últimos capítulos tudo ocorreu muito rápido e não sei o motivo da escolha... mas muitas pessoas passaram como se fosse um cometa na vida de Maysa.


Gostaria muito de ler a biografia de Lira Neto entitulada: "Maysa: Só Numa Multidão de Amores" pois pelo que li no blog do autor muitos coisas foram distorcidas na adaptação global, infelizmente! Veja aqui no post: Minissérie global simplifica e distorce biografia de Maysa

Biografia - Maysa : uma multidão de Amores


Eu gostaria de comentar que no episódio que Maysa está em turnê em Portugal e fica sabendo que o ex marido André Matarazzo faleceu, ela reune forças e volta ao palco para cantar uma música em sua homenagem. A música belíssima, a minha favorita da mini-série, se chama Hino ao amor.


Quando resolvi procurar a letra desta música, descobro que é uma versão da cantora francesa Edith Piaf, e no mesmo momento me lembro que vi esse filme na locadora várias vezes e fiquei em dúvida se assistia ou não. O filme em se chama La môme, traduzido em português para Piaf - um hino ao amor.


Edith Piaf




Cartaz do filme Piaf - um hino ao amor


Mas o propósito deste post é falar principalmente das concidências que encontrei ao assistir a mini-série da globo e este filme de 2007. As histórias contadas possuem muitas semelhanças estranhas. Gostaria de ler as biografias para saber a verdade. Se alguém entre os leitores também assistiu a mini-série e o filme poderia me dizer se eu estou doida ao fazer os comentários abaixo?

Bem, a marca de Maysa eram os lindos olhos (como vemos na primeira foto) e Piaf também possuía olhos bastantes expressivos. Outro ponto forte de Maysa eram as mãos, isto é, a posição das mãos ao cantar e postura perante o público: olhar devastador como se fosse superior. Já Piaf (no filme) aprende a usar as mãos que também passam a ser sua marca registrada. Piaf também cantava de um jeito diferente, com caras e bocas e olhando para a platéia de modo diferente.

O mais intrigante é que Piaf escreveu a letra de Hino ao Amor quando se apaixonou pelo boxeador Marcel Cerdan (paixão fuminante e apartentemente único amor de Piaf, apesar dela ter se casado depois com outro). Na mini-série Maysa diz que o único amor de sua vida é o André Matarazzo, mas mesmo assim se separa dele. E para completar... a música que Maysa canta em homangem ao ex-marido morto é Hino ao Amor. No filme Piaf, quando ela descobre que o Marcel morre também toca essa canção!

Assim como Maysa, Piaf era chegada à umas confusões e bebia bastante. No filme de Piaf não fica muito claro a quantidade, mas ela estava sempre com uma tacinha nas mãos.

Os mais intrigante é que tanto Piaf quanto Maysa são histórias contadas em flash back. Tanto na mini-série quanto no filme, às vezes nos perdemos com as datas... tamanha a mudança. Agora me pergunto... o filme é de 2007 e mini-série de 2008, me parece que copiaram algumas coisas...


Maysa teve muitos amores e Piaf... para variar também, inclusive Marlon Brandon. Uma característica bastante diferente é a infância das duas: Maysa veio de uma família com boas condições financeiras, enquanto Piaf foi abandonada tanto pelo pai quanto pela mãe.


É claro se eu tivesse visto Piaf antes de Maysa e depois assistido de novo, com certeza teria muitas coincidências para falar, mas por enquanto vou ficando por aqui.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Edgar Allan Poe


Aproveite as promoções da Sariava.com.br e descubra Poe!!!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Eterno Amor

O cineasta Jean-Pierre Jeunet e a atriz Audrey Tautou repetem a parceria feita em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain neste drama romântico. Na época da Primeira Guerra Mundial, Audrey é Mathilde, uma mulher que procura pelo namorado/marido desaparecido misteriosamente durante o conflito.
Sinopse
Após o término da 1ª Guerra Mundial, a jovem Mathilde (Audrey Tautou) aguarda notícias sobre Maneth (Gaspard Ulliel), seu noivo. Mathilde fica sabendo que Maneth fez parte de um grupo de cinco soldados que, individualmente, provocaram sua própria mutilação, para que deixassem a frente de batalha da guerra. Os cinco são condenados à morte pela Corte Marcial e, após serem levados a uma trincheira francesa, são deixados à morte no território existente entre o local em que estavam e a trincheira alemã. Apesar de todos serem considerados mortos pelo exército francês, Mathilde acredita que Maneth está vivo e inicia, por conta própria, uma busca por pistas que confirmem isto.
Minha opinião:
Eu achei o filme um tanto confuso porque existem muitos personagens e sempre tem um flashback. Mas interessante porque a Matilde percorre vários lugares para descobrir onde o amado está e sempre que achava que ela teria a má notícia... alguém lhe dá outra pista. Eu também gostei do filme por mostrar como as pessoas viviam durante a 1910 a 1920: tudo era muito longe, as cartas demoravam muito para chegar no seu destino.... enfim, uma busca como essa de Matilde levou anos!!!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Três vezes amor

Esse filme não foi baseado em um livro de sucesso, no entanto, fala muito de Jane Eyre!!



Peguei o filme Três vezes amor, ontem na locadora, sem nenhuma pretensão a não ser um filme do tipo sessão da tarde... Mas o que me surpreendeu foi que a estória foi bem amarrada e se passa de trás para frente de 2008 até 1992.

Sinopse: Will Hayes é jovem de 30 e poucos anos que vive em Manhattan com a filha de 10 anos de idade, Maya. Will está se divorciando, quando Maya decide querer saber absolutamente tudo sobre como os pais se conheceram e se apaixonaram. Will não se intimida e começa a contar, mas descreve a ela três de seus relacionamentos passados, dando detalhes de cada uma das mulheres. Mas ele troca os nomes, para que a filha descubra com qual ele veio a se casar. À medida que Maya começa a juntar as peças daquele quebra-cabeças, a menina passa a entender que o amor não é tão simples quanto parece.


Crítica (por Marcelo Hessel):
Sinônimo de comédias românticas, a produtora inglesa Working Title não acerta sempre. Já criou Bridget Jones, Um Grande Garoto, Quatro Casamentos e um Funeral e Notting Hill, mas também cometeu O Guru do Sexo, Simplesmente Amor, Wimbledon e o segundo Bridget Jones... Se Três vezes Amor (Definitely, Maybe, 2008) não está entre os melhores, pelo menos não macula a imagem da produtora.
Uma das fórmulas de sucesso da Working Title é, na hora de criar histórias, dar tanta atenção ao contexto quanto à trama em si. Seus personagens não são meramente apaixonados. São pessoas que levam uma vida, têm preocupações, ambições e medos - e, quando aparece o interesse romântico, a questão, mais do que um mero "felizes para sempre ou não?", é saber como o amor se encaixará dentro da vida que esses personagens já levavam antes. Resumindo, o diferencial da Working Title é problematizar a comédia romântica.
Peguemos o protagonista de Três vezes Amor, Will Hayes (Ryan Reynolds). Ele sai do interior dos Estados Unidos para ganhar a vida profissionalmente em Nova York. Transcorre o ano de 1991 e Will, um democrata praticante, quer ser útil na campanha de Bill Clinton para a presidência dos EUA. Vira então consultor político. O tempo, claro, acabará com as ilusões de Will, como se os anos Clinton fossem seu romance de formação. As três mulheres que cruzam o caminho do protagonista opções distintas nesse processo: tem a inocente e pura (vivida por Elizabeth Banks), a apolítica por opção (Isla Fisher) e tem a jornalista intelectual (Rachel Weisz).
Descobrir com qual delas Will teve uma filha - Maya (Abigail Breslin) - é a premissa do filme, que a própria menina define como uma "história de amor de mistério". E sendo uma produção da Working Title, a amada escolhida por Will será também a escolha de uma entre três filosofias de vida.
Ainda que o roteiro escrito por Adam Brooks (Wimbledon, Bridget Jones: No Limite da Razão) se escore nessa equação formulaica - a certa altura o troca-troca de mulheres, intercalado pelos momentos de "resumo" didático com a filha, fica por demais previsível - o bom tato na criação dos personagens compensa a burocracia. Rachel Weisz empresta, como sempre, uma enorme verossimilhança à sua personagem, e Isla Fisher nasceu para fazer comédia romântica.
A grande qualidade de Três vezes Amor, porém, é a forma sensível como emparelha o amadurecimento de Will com a perda da inocência política e com a reconquista da auto-estima de Nova York. A imagem das Torres Gêmeas no início é parte desse painel. Quando Will beija pela primeira vez uma garota que não é a sua namorada, a câmera corta para o enorme letreiro da New Yorker (nova-iorquino), como que dizem que o personagem enfim pertence à cidade. E no plano final, filmado no Brooklyn, bairro ex-decadente que virou sinônimo do hype pós-luto do 11 de Setembro, estão lá os símbolos imutáveis da cidade: a fumaça saindo do bueiro, as obras e as placas de desvios de rua.
Em Três vezes Amor as mulheres são ótimas, mas é outra trinca - Will, Clinton e NY; o homem, suas idéias e seu espaço - que, no fundo, sustenta o filme.


Na minha opinião, o que chama atenção no filme é o fato de uma das personagens ter recebido do pai um livro de Charlotte Bronte: JANE EYRE!

A moça ganha de presente um exemplar de Jane Eyre, de 1943, publicado pela Random House, como vemos nas capa e contra-capa abaixo:




















Chamo atenção para a dedicatória escrita pelo pai à personagem April:
"To my darling daughter, April. 'The human heart has hidden treasures in secret kept, in silence. The thoughts, the hopes, the dreams, the pleasures whose charms were broken if revealed.' Fom your loving father."


"Para minha querida filha, April. 'O coração humano tem tesouros ocultos, no silêncio mantido os pensamentos, as esperanças, os sonhos, os prazeres, cujo os encantos se quebram se revelados.' De seu amado pai "

Trailler do filme:




Segue abaixo o poema completo de Bronte:

"Evening Solace by Charlotte Bronte
The human heart has hidden treasures,
In secret kept, in silence sealed;
­The thoughts, the hopes, the dreams, the pleasures,
Whose charms were broken if revealed.
And days may pass in gay confusion,
And nights in rosy riot fly,
While, lost in Fame's or Wealth's illusion,
The memory of the Past may die.

But, there are hours of lonely musing,
Such as in evening silence come,
When, soft as birds their pinions closing,
The heart's best feelings gather home.
Then in our souls there seems to languish
A tender grief that is not woe;
And thoughts that once wrung groans of anguish,
Now cause but some mild tears to flow.

And feelings, once as strong as passions,
Float softly back­a faded dream;
Our own sharp griefs and wild sensations,
The tale of others' sufferings seem.
Oh ! when the heart is freshly bleeding,
How longs it for that time to be,
When, through the mist of years receding,
Its woes but live in reverie !

And it can dwell on moonlight glimmer,
On evening shade and loneliness;
And, while the sky grows dim and dimmer,
Feel no untold and strange distress­
Only a deeper impulse given
By lonely hour and darkened room,
To solemn thoughts that soar to heaven,
Seeking a life and world to come."

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A moradora de Wildfell Hall - Anne Bronte

DATA: 1996 (Tv)

Título Original: The Tenant of Wildfell Hall

Gênero: Romance/drama

Ano de Lançamento: 1996



Resumo do livro:

A Moradora de Wildfell Hall” (versão bilingue da Editora Landmark): feminismo e religião na Era Vitoriana

Em uma época onde era considerado inapropriado para uma mulher escrever livros, Anne Brontë concebe um dos primeiros libelos feministas da literatura Foi preciso uma jovem, morrendo de tuberculose, para levantar a questão do papel da mulher em uma Inglaterra imersa na Era Vitoriana. “A Moradora de Wildfell Hall”, publicado em 1848, é considerado um dos primeiros livros a denunciar a submissão feminina na sociedade inglesa. Para Anne Brontë, autora da obra, a mulher deveria ser dona do próprio destino, o que implica em um novo posicionamento em relação ao homem. A trama Para a autora, a mulher ideal é Helen, uma decidida jovem que recusa vários pretendentes ao casamento. Ela se apaixona por Arthur Huntingdon, apesar dos protestos de sua tia, com quem mora. Por isso, Helen não está segura de que tomou a decisão certa. Porém, Helen não ficaria em dúvida por muito tempo, já que, depois de casada, seu marido se mostra propenso a retomar a vida desregrada dos seus tempos de solteiro. Ela se vale da religião para tentar corrigir os hábitos libertinos de Arthur, que por sua vez os justifica como uma espécie de carpe diem. Nesse ínterim, nasce o primeiro filho do casal. A situação vai se tornando insustentável para a jovem, que se agarra ainda mais à religião – desta vez, como consolo aos crescentes abusos que sofre de seu marido. Com as freqüentes visitas de seus amigos, Arthur se torna alcoólatra e ainda mais devasso, a ponto de traí-la com a esposa de um dos seus companheiros. Ao mesmo tempo, Arthur começa a disputar a atenção do seu filho com a mãe, que se desespera ao ver o garoto aprender os vícios da bebida e da dissipação com seu pai. Helen então arquiteta uma fuga, que é frustrada por Arthur. No entanto, auxiliada por seu irmão, Frederick, Helen consegue abandonar Arthur e se estabelecer anonimamente em outra cidade. E, então, conhece alguém que a recompensará por ter lutado tanto pelo seu destino. A obra é discorrida por meio de escritos dos personagens – na primeira e na terceira partes, a trama se desenrola em cartas; na segunda, lê-se o diário de Helen. Isso faz com que a autora privilegie uma linguagem ágil e viva, caracterizando as personagens por meio de seus atos. O contexto A relação conjugal do casal parece refletir o choque entre puritanismo e liberalidade que dominou as discussões morais na Inglaterra vitoriana. Na visão da escritora, considerada a mais pia das irmãs Brontë, a religião e os bons costumes oferecem a redenção; por outro lado, a insistência no desperdício leva à morte prematura. Brontë não separa o mal do bem por sexo: para ela, ambos existem na consciência do indivíduo e apenas a religião pode eliminar um e promover o outro. Quando de seu lançamento, “A Moradora de Wildfell Hall” foi classificado como inapropriado para o público feminino. Na época, ninguém sabia que o livro fora escrito por uma mulher: já que a literatura era restrita a homens, a escritora utilizou o dúbio pseudônimo de Acton Bell. Considera-se que o livro seja a resposta de Anne a “O Morro dos Ventos Uivantes”, de sua irmã Emily Brontë.

Curiosidades: A versão acima foi realizada para tv (BBC), mas existe uma versão para a tv de 1968 que não encontramos quase nada a respeito.


Versões para donwload: Versão do Livro em áudio: http://librivox.org/
Versão do Livro em Inglês: http://www.ebooktakeaway.com/
Assista o clipe do filme (1996):